Quem não
mede não gerencia! Esta afirmação é um dos princípios fundamentais da gestão.
Você sabia
que a Receita Tributária per Capita de Pelotas - valor arrecadado com impostos
dividido pela população – é de R$ 232,10, enquanto em Canoas, Caxias, Rio
Grande e Santa Maria é de R$ 480,34, R$ 645,15, R$ 513,34, R$ 371,93
respectivamente?
Você sabia
que a vinculação da Receita Corrente (entrada dos impostos no caixa do governo
vinculados obrigatoriamente a realização de despesa carimbadas) é de 66,58%, o
maior percentual entre as cidades citadas anteriormente? Ou seja, quanto maior
a receita vinculada, menor a margem para investimentos!
Por fim,
você sabia que o Investimento per Capita(valor total investido dividido pelo número
de habitantes) é de R$ 156,44 enquanto em Canoas, Caxias e Rio Grande é de R$
208,98, R$ 461,68 e R$ 196,05 respectivamente? E que este último indicador está
diretamente relacionado ao desempenho dos dois indicadores citados
anteriormente?
A
capacidade de investir de um município, na qualidade de sua infraestrutura,
saúde, educação, mobilidade etc é uma relação direta entre Receita Tributária, a
vinculação da Receita Corrente e o Investimento, por exemplo!
Esta
introdução não busca avaliar ou criticar o desempenho das gestões municipais,
mas sim demonstrar como é importante que tenhamos acesso e capacidade de
analisar os números de nosso município de maneira clara e fácil.
A
importância de trabalharmos com fatos e dados constitui uma pedra basilar das
modernas técnicas gerencias. Portanto, para isto é fundamental termos bases de
dados e informações consistentes e atualizadas.
Esta
premissa no setor privado já é há algum tempo um fator crítico de sucesso empresarial.
O processo de governança corporativa exige cada vez mais, a solidez de dados e
a transparência de informações. A tomada de decisão, por parte dos conselhos de
administração e das diretorias executivas devem ser baseadas nesta convicção.
Atualmente
na empresas de capital aberto, os acionistas, sejam eles maioritários ou
minoritários, têm acesso às informações de maneira rápida, transparente e
fidedigna. Aquela empresa que, porventura, não tenha uma boa gestão de suas
informações corporativas, está fadada ao julgamento do mercado, através da
variação do valor de suas ações.
Se
pensarmos no setor público, em nosso município, Estado ou país, isto também é
verdadeiro. Nós, população, acionistas do governo, devemos ter acesso a todas
as informações que necessitamos para decidirmos se o nosso investimento –
impostos – está sendo gerenciado de maneira adequada.
Nos
últimos anos tivemos avanços importantes tais como a lei da transparência, lei
de acesso à informação, incremento das bases de dados públicas, indicadores de
desempenho, impacto de políticas públicas etc. No entanto, o somente o acesso à
informação não é suficiente. É necessário que haja um avanço no tratamento
destas informações para elas sejam de fácil interpretação e análise por parte
do público leigo.
Hoje, a
interpretação de um orçamento público, por exemplo, é algo para iniciados! Isto
dificulta a análise criteriosa e a avaliação do desempenho de uma determinada
política. Não permite ao avaliar efetivamente a qualidade do seu eleito. Contudo,
boas iniciativas têm surgido, principalmente por parte da sociedade civil
organizada. Nesse sentido, sugiro a quem deseja entender melhor as contas e os
números de seu município: acesse o Portal Meu Município (http://www.meumunicipio.org.br)!
Essa
iniciativa traduz de forma simples e singela as informações básicas e necessárias
para que nós, acionistas dos nosso municípios, possamos analisar e avaliar como
vai a saúde financeira e de investimentos de nossa cidade.
De maneira
clara, o portal disponibiliza dados e explica, didaticamente, como os
indicadores básicos são construídos, calculados e, principalmente, permite
comparações com outras unidades.
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